27.7.05

Calma.

Começo, finalmente, a habituar-me às terríveis terças-feiras de fecho de edição. Apesar de chegar a casa exausta, não consigo disfarçar um sorriso e a mais plena satisfação por ter visto nascer mais um número do jornal. Acredito, cada vez mais, que este é o caminho certo. Sinto-me a crescer de forma natural e cada trabalho que faço constitui, para mim, uma nova surpresa que me fez evoluir, notoriamente, um bocadinho mais. Quando saímos da redacção, e já no caminho para a Covilhã,a noite deu em chuva e aqueceu-me a alma. Lembrei-me do inferno de há alguns dias atrás e senti-me bem ao perceber, desta vez, o cheiro da terra molhada ao invés do fumo e da desolação. Lembrei-me do pequeno Gabriel e descobri que, afinal, há muitos motivos para sorrir e enfrentar os medos.
Estou orgulhosa da capa desta semana da edição da Covilhã. Vejam e... comentem, pois claro! Hoje estive a folhear uma edição de (se a memória não me falha) Setembro de 2001, altura em que o jornal recebeu o prémio "Gazeta de Jornalismo" - Imprensa Regional. Fiquei, obviamente, orgulhosa e tenho pena pelo facto de as edições dessa altura não estarem disponíveis no site do jornal, para vos mostrar um pouquinho da emoção sentida lá para os lados da redacção e nas Lisboas, aquando da entrega do galardão. Ainda assim, fica a lembrança. Hoje vou adormecer com um vento muito doce a sussurrar nos vidros da janela. Também isso me traz à lembrança somente coisas positivas, calma e uma boa dose de serenidade. Os fantasmas, hoje, dormem ao relento.

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