Namorar com alguém igualzinho a outro alguém é desastroso. Refiro-me, obviamente, aos tão cobiçados gémeos. Encontrar alguém exactamente igual ao nosso mais-que-tudo num Centro Comercial, de mãos dadas com uma loiraça pode ser tenebroso. A seguir ao estalo óbvio vem a pergunta óbvia, acompanhada de um arregalar de olhos: "Mas tu não és o Diogo, pois não?"
Pode acontecer, também, encontrar-se casionalmente o nosso mais-que-tudo a passear docemente na rua, acompanhado de uma doce rapariga. Salta-se para cima do rapaz e, um beijo sem resposta depois, segue-se a pergunta óbvia: "Mas tu não és o Diogo, pois não?". Claro que esta situação requer que se dispenda mais algum tempo, para explicar à pobre namorada da cópia que tudo não passou de um trágico engano e, que na verdade, nunca se tinha visto o namorado antes. "Ou melhor, ver já vi, mas..." Segue-se o estalo óbvio.
Claro que quem lucra com esta situação são os doces gémeos... "Vamos fazer uma troca?" ou "Eu? Com uma loira? Devia ser o meu irmão, és tão tonta!" ou, ainda, "Eu juro que nunca a vi em toda a minha vida! Ela deve ter-me confundido com o meu irmão!". Outra vantagem é poder dividir as tarefas. Digamos que é uma questão de gerir o tempo: "Eh pá, ó Diogo, podes substituir-me hoje com a Rita?... é que estava a pensar sair com uma namorada antiga..."
Um conselho para quem sofre deste mal: gravem uma marca distintiva no original, com um ferro quente, quando suspeitarem de abusos.
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