28.6.08

Espiritismo - I

O termo "espiritismo" (do francês"espiritisme") surgiu como um neologismo, mais precisamente um "porte-manteau", criado pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, sob o pseudônimo de "Allan Kardec", para nomear o corpo de idéias por ele sistematizadas , inicialmente n' "O Livro dos Espíritos" (1857).

Contudo, a utilização de raízes oriundas da língua viva para compor a palavra ("spirit": espírito + "isme": doutrina), que, se por um lado foi um expediente a que Kardec recorreu para facilitar a difusão do novo conjunto de idéias, por outro fez com que o termo fosse rapidamente incorporado ao uso quotidiano para designar tudo o que dizia respeito à comunicação com os espíritos.
Assim, por "espiritismo" muitos entendem, hoje, as várias doutrinas religiosas e/ou filosóficas que crêem na sobrevivência do espírito à morte do corpo, e, principalmente, na possibilidade de se comunicar ordinariamente com ele.
O espiritismo, de um modo geral, fundamenta-se nos seguintes pontos:
- O homem é um espírito temporariamente ligado a um corpo (para Kardec esta ligação é feita através de uma interface que denomina de perispírito, um envoltório semimaterial);
- A alma é o espírito enquanto ligada ao corpo;
- O espírito, compreendido como individualidade inteligente da Criação, é imortal;
- A reencarnação é o processo natural de aperfeiçoamento dos espíritos;
- Este aperfeiçoamento, através das reencarnações (vidas sucessivas), está ligado a uma Lei de Causa e Efeito, segundo a qual recebemos na medida do que causamos (bondade e/ou maldade);
- Os espíritos encarnados ("vivos") e os espíritos desencarnados ("mortos") podem comunicar-se através da mediunidade;
- A Terra não é o único planeta com vida inteligente (pluralidade dos mundos habitados).

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